Amoris Laetitia: Papa Francisco recebe correção formal




De acordo com um comunicado de imprensa divulgado este domingo, 62 clérigos e estudiosos assinaram uma correção filial ao Papa Francisco. A carta de 25 páginas afirma que "o Papa, por meio da sua exortação apostólica Amoris Laetitia, e por outras palavras, atos e omissões relacionadas, confirmou efetivamente sete posições heréticas sobre casamento, vida moral e recepção dos sacramentos e fez com que essas opiniões heréticas se espalhassem na Igreja Católica".

Os signatários observam rapidamente que "não se atrevem a julgar o grau de conscientização que o Papa Francisco propagou as sete heresias que eles enumeraram. Mas eles respeitosamente insistem em condenar essas heresias, que ele tem confirmado direta ou indiretamente".

A carta foi entregue ao Papa Francisco no dia 11 de agosto, mas como não obtiveram respostas do Sumo Pontífice, os signatários resolveram divulgar o documento.

"Nenhuma ação similar foi tomada desde a Idade Média", afirma o release. "Então, o papa João XXII foi admoestado em 1333 por erros que ele mais tarde recuou em seu leito de morte. No caso presente, os filhos e filhas espirituais do Papa Francisco o acusam de propagar heresias contrárias a Fé Católica".

A carta em si, busca se dividir em três partes:

Na primeira parte, os signatários explicam por que, como crentes e praticantes católicos, eles têm o direito e dever de emitir tal correção ao Santo Padre. A própria Lei da Igreja exige que as pessoas competentes não permaneçam em silencio quando sentirem algo errado a Doutrina da Fé. Isso não envolve nenhum conflito de infalibilidade papal, uma vez que a Igreja ensina que seus enunciados possam ser considerados infalíveis. O Santo Padre não cumpriu esses critérios. Ele declarou as posições como ensinamentos definitivos da Igreja, ou afirmou que os católicos devem acreditar nelas com o consentimento geral da Fé.  

A segunda parte da carta é essencial, uma vez que contém a correção propriamente dita. Ele lista as passagens da Amoris Laetitia em que as posições consideradas heréticas são insinuadas, ou encorajadas e, em seguida, lista palavras do Papa Francisco, que deixam claro, além de toda dúvida, que ele deseja que os católicos possam interpretar as passagens de uma maneira que é, na verdade, herética. Em particular, o Papa Francisco favoreceu direta ou indiretamente as crenças que a obediência as Leis de Deus pode ser impossível ou indesejável, e que a Igreja às vezes deve aceitar o adultério como compatível com o catolicismo.

A parte final, chamada Elucidação, discute duas causas desta crise única. Uma das causas é o modernismo. Teologicamente falando, o modernismo é a crença que Deus não entregou verdades absolutas a Igreja, que ele deve continuar a ensinar exatamente no mesmo sentido até o fim dos tempos. Os modernistas afirmam que Deus se comunica apenas para experiências humanas, os seres humanos podem refletir, de modo a fazer várias várias declarações sobre Deus, a vida e a religião; mas tais declarações são apenas dogmas provisórios, nunca fixos. O modernismo foi condenado pelo Papa São Pio X, durante o século XX, mas reviveu no meio do século.

Entre os signatários da correção, incluem-se o Dr. Joseph Shaw, professor de filosofia moral da Universidade de Oxford, professor Roberto de Mattei, ex-professor de história do cristianismo da Universidade Europeiade Roma e p. Linus Clovis, diretor da Secretaria de Família e Vida da Arquidiocese de Castries, entre outros.

A correção filial está aberta a outras assinaturas e pode ser lida em português, na íntegra clicando aqui

Tradução: Escolástica da Depressão


0 comentários:

Copyright © 2013 Escolástica da Depressão