Fertilidade: Método de Ovulação Billings

A Igreja Católica sempre está a favor da Vida, que é um dom de Deus. Por isso, ela sempre esteve contra os métodos que privam a procriação, os mais conhecidos são os métodos contraceptivos. A Sagrada Congregação Para a Doutrina da Fé, na sua Instrução Sobre o Respeito à Vida Humana Nascente e a Dignidade da Procriação esclarece que: "A contracepção priva intencionalmente o ato conjugal da sua abertura à procriação e, dessa forma, realiza uma dissociação voluntária das finalidades do matrimônio, isto é, unitiva e procriativa."

Mas como um casal pode funfar sem agir contra os desígnios de Deus? Apresentamos o Método de Ovulação Billings (MOB):

Este método é moralmente neutro e deve ser usado para o bem; pois não há união entre as trevas e a Luz. O MOB é mencionado <<de forma implícita>> no Catecismo da Igreja Católica, onde diz-se: 

"§2370: A continência periódica, os métodos de regulação dos nascimentos baseados na auto-observação e no recurso aos períodos infecundos (120), são conformes os critérios objectivos da moralidade. Estes métodos respeitam o corpo dos esposos, estimulam a ternura entre eles e favorecem a educação duma liberdade autêntica. Em contrapartida, é intrisecamente má <<qualquer acção que, quer em previsão do acto conjugal, quer durante a sua realização, quer no desenrolar das suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação>>(121)."

O Papa São João Paulo II, em sua exortação Familiaris Consortio, considera importante que os cônjuges, tenha uma abertura responsável a vida, diz-se: 

"A Igreja está sem dúvida, consciente dos múltiplos problemas que hoje em muitos países envolvem os cônjuges no seu dever de transmitir responsavelmente a vida. Reconhece também o grave problema do incremento demográfico, como se apresenta nas diversas partes do mundo, e as relativas implicações morais. A Igreja considera, todavia, que uma reflexão aprofundada de todos os aspectos de tais problemas ofereça uma nova e mais forte confirmação da importância da doutrina autêntica sobre a regulação da natalidade, reproposta no Concílio Vaticano II e na encíclica Humanae Vitae."

Devemos usar o MOB para espaçar o nascimento de bebês?

A Igreja na encíclica Gaudium et Spes, no n.50, esclarece que 'os pais devem calcular as condições materiais e espirituais, e também seu estado de vida. Finalmente, eles devem consultar os interesses do grupo familiar, da sociedade e da Igreja'. O mesmo posicionamento foi adotado pelo papa Paulo VI, na Humanae Vitae; diz-se: "n.16:(...) motivos razoáveis devem ser admitidos para espaçar os nascimentos (...) das condições físicas ou psicológicas do marido ou da esposa, e em circunstâncias externas (...)"

TOME CUIDADO: Você não pode dar uma de católico protestante e deturpar os ensinamentos da Igreja! A única medida que pode ser feita para espaçar o nascimento de bebês são aqueles que envolvem os pais ou situações externas graves (financeiras, matrimoniais, estruturais, demográficas).

São esses cuidados citados pelo Papa São João Paulo II em sua obra Person & Community: Selected Essays, onde diz-se: "(...) Há casos que o aumento do tamanho da família possa ser incompatível com o cargo dos pais (...) em certas circunstâncias pode ser permitido ou mesmo obrigatória uma pausa nos filhos."

Sejam pais responsáveis!