Pio XII: Autor retira acusações sobre "o Papa de Hitler"
O escritor inglês John Cornwell retirou as acusações que ele levantou contra Pio XII, alegando não poder ter tido acesso às documentações necessárias quando escreveu o livro 'O Papa de Hitler'. Esta alegação é contestada pelo historiador Matteo Luigi Napolitano.
Em um artigo publicado pelo 'The Economist', o sr. Cornwell reconheceu que se enganou; sustentou que Pio XII não podia ser acusado de simpatia ou conivência com o regime nacional-socialista nem antes, nem depois do acesso ao Pontificado; podia sim, ter procedido mais energicamente contra Hitler. O historiador tentou desculpar seu erro, alegando que os documentos que refutavam suas acusações não tinham sido publicados. Numerosos estudiosos entraram em sua polêmica após a publicação do seu livro.
Matteo Luigi, analista dos Arquivos do Vaticano, em um artigo publicado em 'il Giornale' (dezembro de 2004), deu contudo a saber que tais documentos não somente desde muito tempo eram acessíveis aos pesquisadores, mas também eram muito conhecidos pelos especialistas da temática; por conseguinte, afirma Napolitano, 'se Cornwell os ignorou, foi simplesmente por causa de tese preconceituosa que Cornwell queria incluir mediante seu livro; ele fechou os olhos aos documentos que desmentiam tal tese.'
Na verdade, o historiador retirou suas acusações, mas a figura de Pio XII foi manchada; pode-se recear que a retratação não tenha tanta divulgação quanto a calúnia pôde alcançar.
Fonte: Gonet
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